Redmi 9 – Após uma semana de uso.

Minha vida com aparelhos celulares nunca foi das melhores, quando mais jovem, eu sou de uma época onde adolescente de quinze anos com celular flip da motorola Razr ou algum Xperia que toca música bonito nos flip-phones não só era novidade, era raro. Você tinha que ter bons parentes e uma boa situação financeira, normalmente quem tinha celular na sua família eram só seus pais e únicamente para comunicação.

Meu primeiro Smartphone, eu consegui ganhar aos 16 anos, foi um LG-Cookie,

Celular LG Cookie Kp570 Câmera Mp3 Fm Novo | Mercado Livre

com tela Resistiva que precisava de uma certa força pros toques funcionarem. Não tinha muito o que fazer, eu podia tomar notas, podia tirar fotos e ver na galeria, podia ouvir músicas que eu colocasse no cartão SD, mas no fim, era um celular simples, tentativa da LG de tentar concorrer com os novos Iphones talvez, visto que isso foi em 2008. Na época, o Android ainda era um protótipo da Google que não funcionava bem, e as empresas estavam desesperadamente tentando oferecer algo parecido ao iPhone, e não sem motivo. Com o iPhone, celulares pararam de ser simplesmente um meio de comunicação e começaram a migrar pra um meio multimídea portátil.

Alguns anos depois, no fim do meu ensino médio, eu consegui adquirir um Xperia X10 Mini Pro,

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em meados de 2010, com android 2.1 ele não tinha nem funções touchscreen. A tela era menor que o LG anterior mas era Capacitiva, ele tinha teclado físico qwerty e era muito legal trocar mensagens com os amigos.

Porém, em 2011 eu vendi ele pra um amigo, pra pegar a versão melhorada e mais rápida dele, o Xperia Mini Pro,

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uma versão maior, porém com o mesmo charme do anterior: Teclado Querty, tela com menos de 3 polegadas e um sistema feito especificamente pra ser compacto em cima do Android. Esse já veio com Android 2.3 que permitia duplo touch pra zoom.

Esse foi um dos melhores aparelhos com relação de câmera e música que eu tive, infelizmente, eu esqueci ele no banheiro do shopping em 2012, e tive então de partir pro meu próximo Smartphone. Eu não me lembro como eu consegui esses aparelhos, mas provavelmentena época, eu já conseguia algum dinheiro e tive ajuda da família.

Então, eu decidi ir pra um celular mais barato porém que fosse bom, na época a Google havia comprado a Motorola, e havia lançado o primeiro Android 4.0 puro que não fosse um Pixel: O moto G.

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A esse smartphone foi febre na época, prometia Gorila Glass, bom desempenho e preço barato, com android 4.0 Kit Kat, a época em que o Android começou a ficar de fato competitivo com os iPhones. Eu usei esse celular entre 2011 e 2012, até ele finalmente cair no chão e quebrar a tela, nem a película de vidro, nem o gorila glass salvaram-no. O concerto? Basicamente o preço que eu paguei dele novo, então eu segui pro próximo aparelho.

Como ávido fã da Sony dês de meu primeiro Sony Xperia, eu comprei o primeiro Xperia, o Xperia M2 que eu adquiri em 2013. Foi o primeiro celular inclusive que eu comprei sem a ajuda de ninguém. Foi um marco na minha vida.

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Com leve resistência à água, e aparelho bonito e sóbrio, eu já estava apaixonado pelo design da Sony. Enquanto a Samsung demorou anos até inventar a One UI, o sistema dela em cima do android era horrendo, e o formado dos Samsung Galaxy só começaram a ser bonitos e interessantes após o Galaxy S6 pra mim, mas ainda assim o sistema interno era horrível de usar, francamente a interface TouchWiz não era agradável pra mim, poluída com cores estranhas e cheio de efeitos desnecessários, a Samsung demorou pra ficar uma empresa mais sóbria pra mim. Porém, foi na época desse celular que eu percebi o problema da Sony. Marca.

A sony, por mais que faça celulares bonitos até hoje, embora eu não tenha gostado tanto do design dos Xperia 1 e 1 II, estava caminhando pra sua própria queda no brasil. Celulares bem melhores e mais avançados já estavam saindo pelo mesmo preço no brasil, a sony dizia que era Qualidade, mas isso não foi suficiente, pois, de que adianta gastar 800 reais num aparelho que em seis meses vai ficar horrendamente lento na sua mão? Eventualmente a Sony se retirou do Brasil anos depois.

Meu Xperia M2 embora bom, começou a demonstrar problemas pra funcionar, e eventualmente sem motivo algum, durante uma viagem que eu estava fazendo em São Paulo, no ano de 2014, ele não carregou mais. Mandei-o pra garantia e a Sony me enviou um aparelho novo pois, aparentemente, seja lá qual foi a falha de design, não valia a pena concertar.

Porém, nesse tempo de um mês sem aparelho eu não podia ficar sem, então novamente, no desespero de ficar sem aparelho celular, assim como aconteceu quando meu Xperia Mini Pro foi perdido e eu comprei o Xperia M, eu decidi trocar de marca.

Muita gente estava elogiando os Zenfone da Asus, e eu decidi compra-lo, na época, esse foi o primeiro modelo que entrou no Brasil, modelo este que a Asus fez questão de apagar com o lançamento de oturo Zenfone no lugar com o mesmo nome: Zenfone 5.

ASUS inicia a venda do Zenfone 5 na cor vermelha - OverBR

Como todos sabem, esse aparelho teve um reboot anos depois em 2018, mas eu tive esse aparelho por muitos anos. Não por vontade própria, claro, durante anos fiquei sem emprego, a tela trincou, e ele funcionou relativamente bem por oito ou nove meses, mas quando ele finalmente caiu da forma errada no chão, eu perdi aquele celular relativamente bom. Depois da queda, ele começou a se tornar lento, bater fotos era um sacrifício, o choro foi tão livre, que chegou ao ponto de eu simplesmente desliga-lo um dia, e usar durante um ano inteiro, um iphone 4 aqui jogado, preso no ios7 sem nenhum aplicativo funcionar por que simplemsnete nada mais funciona num iphone 4 ou 4s dês de 2017.

Como podem ver, de 2014 até 2017 eu fiquei com o Zenfone 5 vermelho, sofri por mais algum tempo com o iphone 4 e eventualmente consegui um LG K10 da primeira geração semi novo.

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Este por sua vez eu usei por metade de 2018, até julho/agosto, e a história é um pouco triste. Ele em si é bem melhor que o Zenfone 5 original, não trava nem causa problemas de mais, porém todo o pandemônio começou quando o USB dele quebrou, e eu fiquei impossibilitado de carrega-lo por meios normais, tendo que então carrega-lo com carregadores externos de bateria. O problema começou quando a bateria levava 24 horas pra carregar e o celular descarregava em 6. Ativei na época o modo de economia, e bom, vamos apenas dizer que o Android não funcionou bem dês de então.

Em Julho pra Agosto de 2018 eu comprei um novo celular quando minha situação financeira melhorou, mas novamente, pelo desespero de estar com algo impraticável comigo, eu tentei achar a melhor opção possível. Na época porém, celular Bom/Bonito e Barato não era algo praticável também. Eu me apaixonei porém pelo Galaxy J6+ Prata.

Este aparelho durou bem comigo, por um ano e dois meses exatos, até eu finalmente achar que ele estava lento. A Samsung decidiu colocar a One UI nos seus aparelhos mais básicos e ela francamente me ganhou, linda, cheia de qualidades, o aparelho até conseguia abrir dois aplicativos ao mesmo tempo mesmo com um processador de 4 núcleos apenas. O drama todo começou infelizmente pra mim (e agora é apenas um drama, ele nunca se tornou impraticável ou super lento, apenas eu tive o azar de morar com alguém que tinha um Xiaomi Redmi Note 7 e ver a diferença de desempelho faz você notar o quão lento um celular é), quando o celular atualizou do Android 8 Oreo pro Android 9, removendo várias funções que o aparelho tinha e o tornando um pouco mais lento.

Não foi um aparelho ruim, ele é lindo, a câmera é ótima, e ele funciona muito bem obrigado. Mas quando você tem outro aparelho por perto funcionando super rápido e super otimizado, você começa a ficar desanimado. Esse é o problema de se viver com alguém com aparelho melhor que o seu e pouco mais caro. Foi recentemente, a algumas semanas atrás então, que eu decidi por comprar um aparelho novo.

Eu já havia me apaixonado pelo Redmi Note 7 de meu amigo,

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Todo em vidro, com acabamento lindo e um ótimo desempenho eu decidi verificar pelos preços, e logo vi que estamos na geração 9 dos Redmi, pesquisei bastante com calma pois dessa vez eu tinha um celular que funcionava, sem nenhum problema, e fui ver. Usei a caixa do Redmi Note 7 como referência, e descobri que embora o Redmi 9 seja todo em plástico na traseira, o desempenho dele é tão bom e até melhor que o do Note 7, enquanto o NOte 7 e 8 tem câmeras maravilhosamente melhores. Como a câmera do Redmi 9 é igual ao do J6+, eu optei por compra-lo. Na versão de 4GB de RAM e 64GB de memória interna, na cor Sunset Purple que tem um degradê entre o roxo e azul, num acabamento muito bem feito e moderno e principalmente: Absurdamente rápido e funcional, a compra foi realmente boa?

Considerando minha compra anterior, em câmeras eu não ganho muito, mas definitivamente não perco, o Redmi 9 tem quatro câmeras, uma normal principal de 13MP, uma grande angular de 8MP, uma MACRO de 5MP e uma de sensor de profundidade de 2MP, vs o meu Galaxy J6+ que tem uma principalm de 13MP e uma de profundidade de 5MP apenas.

Foto com a câmera Macro

A câmera Macro é muito boa pra fotos de coisas pequenas e embora ela seja uma câmera pra quem goste de macro como eu, normalmente pessoas normalmente não usariam. Em questão de processamento, o Redmi 9 é tão bom quanto o Redmi Note 8 e 7, sendo até um pouco mais rápido em aplicativos e multi tarefas. Ele tem tela com Gorilla Glass 3 e ele vem com Capa TPU transparente absurdamente firme e boa e película de proteção já aplicada na tela de fábrica.

Ele é USB-C que também é uma melhora em relação aos meus aparelhos anteriores, USB-C não só é uma entrada sem diferenciação de orientação, como também é tão rápido e compatível com USB 3.0. Carregar 5GB de músicas no aparelho não leva nem dois minutos. USB-C também é bem mais resistente do que Micro USB.

Embora o Redmi9 tenha versões com 3GB e 4GB eu recomendo a de 4Gb/64GB de memória interna pois o android está cada dia mais gastão com memória Ram, eu mesmo me vi inúmeras vezes em um beco sem saída com meu Galaxy J6+ travando pois a memória Ram estava no limite com os 3GB dele.

O som do aparelho é Mono, mas é alto o suficiente pra você conseguir ouvir música sem som enquanto faz comida na cozinha sem problemas algum. A interface da Xiaomi, a Mi UI11 é bem rápida, e permite que você utilize o celular no modo iPhone+ onde todos os aplicativos ficam na tela inicial + o fato de você poder usar widgets no aparelho ou no modo “Eu quero meus aplicativos na porcaria da gaveta por favor”, por que ninguém merece 150 apps instalados em mais de 7 home screens.

Embora o sistema seja rápido, as câmeras muito boas, e o desempenho absolutamente angelical sem travar sequer uma vez com uso intensivo por uma semana até agora, coisa que os outros celulares meus jamais conseguiram (Embora eu me convencesse que fosse normal), temos que falar sobre o elefante na sala:

Propaganda. Pra compensar o preço baixo por aparelhos com desempenho tão bons, a linha Redmi da Xiaomi conta com aplicativos com propaganda.

Todos eles praticamente, com exceção da câmera, vão pular uma propaganda do nada na sua cara. As vezes é super discreto, as vezes é bem na face mesmo. Porém, saibam que, quase todos os aplicativos podem ter as notificações removidas, tanto ao desativar o gerenciador de ADS da Xiaomi nas configurações quanto ao desativar nas configurações de cada aplicativo a “Permitir Recomendações”. Isso por si só torna todos os aplicativos que tu usa, aplicativos normais sem propaganda.

Porém lembre-se, as propagandas são uma forma da Xiaomi de conseguir recuperar o dinheiro que ela perde ao te vender um aparelho com muito mais por muito menos. Quer um exemplo?

Se nosso governo não estivesse completamente se fo***do pra nossa economia, e nós estivessemos que nem estavamos antes de 2018, com o dólar à 3,50, esse Redmi 9 custaria com os impostos no brasil 650 reais com os impostos. Nenhum aparelho da época nem de hoje, nem os mais baratos produzidos no brasil, oferecem o mesmo que o Redmi 9 te oferece, e atualmente o melhor preço (E o preço máximo que você deve pagar por ele) é de 1200 o que ainda é muito baixo, considerando que os novos Motorola G8 Play estão por 1119 e não oferecem display FullHD. E eles são os concorrentes mais diretos do Redmi 9 até onde eu vi. Então ter que manualmente desabilitar as propagandas não é um problema, é bacana que a Xiaomi permite que tu desative elas.

No fim, eu estou amando o aparelho e eu só atualizo agora pra aparelhos com 6+ de Ram, 128+ de memória interna e com certeza melhores câmeras e processador no futuro, porém que ainda ofereçam o mesmo beneficio que o Xiaomi Redmi 9 me ofereceu: O Bom, Bonito e Barato.

Barato pode ser relativo, sim, mas depois de mais de dez anos comprando aparelhos entre 600 e 800 reais e só batendo com a cara na parede, o mínimo que você gasta pra ter algo bom são esses 1200. Isso numa época boa, já que o J6+ que eu paguei 750 está 1200 também agora. Tomem cuidado e pesquisem MUITO antes de comprar celular, confiem nos canais como Techtudo e outros que trabalham com aparelhos assim o dia todo, nunca acredite naquele comentário único da pessoa que tem o Redmi 9A por que não teve mais 200 reais pra pegar o Redmi 9 dizendo que ele é “tão bom quanto”. Não é. Não há comparação.

Lembre-se, que depois de cinco meses, esses aparelhos que são “quase tão bons” começam a ficar horríveis. Lembre-se, quem tem mais dinheiro? Quem investe 1200 – 1500 num celular a cada dois ou três anos, ou quem investe 600 – 700 a cada oito meses?.

No fim, eu recomendo o Redmi 9 pra todo mundo. Muito mais que o Redmi Note 9.

Esse é meu pequeno review e história de vida com smartphones só por que eu queria ser feliz e escrever algo sobre esse aparelho incrível. Mas não usem meu relato como prova de vida, vai pesquisar bastante, veja comparações, procure por usuários que usaram o aparelho por mais de dois ou três meses e pesem na balança:

Tu usa Celular pra Jogo? Pra Foto? Pra desempenho? No meu caso, é da ultima opção pra primeira, eu nunca uso celular pra jogos, fotos é em segundo plano mas desempenho? Eu preciso, e muito.

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